A história do último sobrevivente gay de Buchenwald. Rudolf Brazda olhou para o arame farpado do campo de concentração uma última vez. Ele podia partir. Acabou… Algumas semanas depois, ainda estava com a matrícula 7952. Era a quinta pessoa a usá-la. Antes dele, houve dois poloneses, transferidos; dois homens provenientes do Reich, mortos. Dos cinco, ele foi o único deportado por ser homossexual, o único marcado com um triângulo rosa. Na aurora dos seus 97 anos, Rudolf Brazda nos deixa aqui um testemunho sem igual, raro, sustentado por um rigoroso trabalho de pesquisa histórica. Da ascensão do nazismo na Alemanha à invasão da Tchecoslováquia, da despreocupação no início dos anos 1930 ao horror do campo de concentração de Buchenwald, esta obra revela em detalhe, pela primeira vez, as investigações policiais que visaram inúmeros homossexuais no Estado nazista. Também aborda, com tato e sem tabu, a questão da sexualidade num campo de concentração. Esta é a história de um triângulo-rosa. Os autores Rudolf Brazda, nascido na Alemanha em 1913 de pais tchecos, foi condenado duas vezes pelo regime nazista por ser homossexual e depois deportado para Buchenwald. Ele ficou preso no campo durante 32 meses, até sua libertação em abril de 1945, e fixou residência na França. Jean-Luc Schwab, quando entrou em 2008 para uma associação dedicada ao reconhecimento da deportação de homossexuais, nem imaginava que o último sobrevivente dessas deportações mora bem perto dele, na região de Mulhouse. Assumindo o papel de confidente de Rudolf Brazda, ele tomou seu depoimento e o complementou com profunda pesquisa histórica.
Autores: Rudolf Brazda e Jean-Luc Schwab
Editora: Mescla
184 páginas